O Ministério da Educação (MEC) acabou de divulgar que o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 é " Publicidade infantil em questão no Brasil". A prova teve início às 13h (horário de Brasília) e termina às 18h30. Além da redação, os candidatos repsondem hoje a 90 questões objetivas de matemática e linguagens.

Para subsidiar a produção textual dos participantes, a proposta de redação traz três textos motivadores: um texto jornalístico que discute se a publicidade infantil deve ser proibida no Brasil, um infográfico sobre a publicidade para crianças no mundo, e outro texto sobre a criança como o consumidor do futuro.

Os estudantes deverão escrever um texto do tipo dissertativo-argumentativo acera do tema com um mínimo de sete e um máximo de 30 linhas. Na redação do Enem, os candidatos precisam mostrar que conhecem o assunto proposto e têm habilidade para argumentação. Ele é avaliado a partir de cinco competências. Cada uma delas vale 200 pontos, somando os 1000 que são nota máxima possível.

Competência 1: demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
Competência 2: demonstrar compreensão da proposta da redação e aplicar conceitos de diversas áreas do conhecimento para desenvolver o tema
Competência 3: demonstrar capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista
Competência 4: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Competência 5: elaborar uma proposta de intervenção ao problema abordado, respeitando os direitos humanos

Na prova do Enem, a redação vem acompanha dos chamados "textos motivacionais" que apresentam distintos pontos de vista a respeito do tema. O objetivo é dar subsídio ao aluno para que ele desenvolva o texto. Em 2013, o tema da redação foi a Lei Seca e em 2012 os fluxos migratórios para o Brasil no século 21.

A questão da publicidade infantil no Brasil

Atualmente, existe no país uma discussão a respeito da regulação da publicidade infantil. Uma resolução publicada este ano pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) considerou  abusivo o direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança, "com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço". São abusivos os anúncios que contêm linguagem infantil, trilhas sonoras de músicas infantis, desenho animado, promoção de distribuição de prêmios ou brindes colecionáveis com apelo ao público infantil, entre outros aspectos.

Entretanto, entidades do setor de comunicação - como a Associação Brasileira de Anunciantes, a Associação Brasileira de Radiodifusores, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão e a Associação Nacional de Jornais – criticam a medida. Para eles, o Poder Legislativo é “o único foro com legitimidade constitucional para legislar sobre publicidade comercial".

Saiba mais sobre o tema: 

Resolução do Conanda define abusos da publicidade infantil

Organizações, estado e publicitários discutem regulamentação da publicidade infantil

Publicidade infantil merece cuidado dos pais