Consumo e produção midiática por estudantes de escolas públicas de Fortaleza/ Brasil

Autores: Luciana Lobo Miranda, Mauro Michel El Khouri, Denise Costa Rodrigues, Natalia Dantas do Amaral, Jessika Karine Moreira Sousa.

Publicação: Revista intercações Coimbra

Palavras-chave: Juventude; Mídia; Escola; Inclusão digital; Mídia-educação.

Resumo

Fundamentando-se nos princípios da mídia-educação e da inclusão digital, o estudo tem como objetivo discutir a relação juventude e mídia, analisando acesso/consumo e apropriação/produção, com ênfase no ambiente da escola pública. O estudo centrou-se em bases quantitativas, através de questionário autoaplicável com 77 itens, abordando temas como: família, educação, trabalho, lazer, saúde e mídia. A amostra foi composta por 1140 sujeitos, entre 14 e 24 anos, de ambos os sexos, estudantes de 43 escolas públicas da cidade de Fortaleza, capital do Ceará (nordeste brasileiro), nos anos de 2010 e 2011. Para análise, utilizou-se o software aplicativo SPSS, especializado em pesquisas estatísticas em Ciências Sociais. Entre os respondentes, 83,5% afirmaram acessar a internet para realização de trabalhos escolares. Entretanto, apenas 15,2% acessavam de instituições de ensino, enquanto 70,5% faziam a partir de lan houses. Acerca da produção, 63,7% dos respondentes disseram nunca ter produzido mídia. Dentre os que criaram, em sua maioria vídeos e sites, poucos tiveram a escola como local de produção. Todavia, entre quem já produziu jornal ou revista, 79,1% o fez em instituição de ensino. Observou-se que a entrada formal de mídia não impressa ainda é restrita no espaço escolar. Os dados indicaram que, em geral, a diferença de produção entre estudantes do ensino fundamental e do ensino médio não é significativa. O estudo corrobora com outras pesquisas na discussão da necessidade de que as políticas públicas em educação visem, além de compra de equipamentos, à formação de todos os agentes da comunidade escolar. Pesquisa financiada pelo CNPq.

 

 

 

 

 

 

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